"O esplendor da relva só pode mesmo ser percebida pelo poeta. Os outros pisam nela. Um mérito inegável da poesia: ela diz mais e em menor número de palavras que a prosa" Voltaire
13.3.10
Para Depois De Amanhã
Não avise-me deste
Nosso lúgubre outono;
Já foi determinado
O período de ascensão;
Deram-me às fábulas:
E compreendo as cigarras;
E todo este empenho
Em tempo desperdiçado
-No dia em que nasceu
Um momento operário-
A honesta simplicidade,
Será apenas honrável
Em sua senilidade;
Não incomode-se comigo;
Não fale-me de pecados
Enquanto sinto desprezo;
Por mais que seja preciso...
Nós esperamos demais
Da mesma primavera;
6.3.10
Panacéia
Nestes livros sagrados,
Oriente e ocidente
Pareceram-me iguais;
Meu bom amigo;
Vejo dor na esperança
E as cãs dessa história;
Suposições e manuscritos:
Cinzas da erudição
Perdida em Alexandria;
Sobre suas lágrimas
De unicórnio?
Nem ao menos à perfeita
Formula;
Poderia ser verdade;
Você mereceria tê-la;
Mas ainda lavo minhas
Mãos, antes de ver
O sangue escorrer;
Precisamos respirar;
Às vezes foge-me uma
Parte da humanidade;
É esse o nosso jeito;
E essa a nossa culpa;
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