"O esplendor da relva só pode mesmo ser percebida pelo poeta. Os outros pisam nela. Um mérito inegável da poesia: ela diz mais e em menor número de palavras que a prosa" Voltaire
23.4.10
Epopéia De Marduk
Mito de si mesmo,
O ser antes do tempo;
Poemas e desertos na
Lua em quarto crescente;
O que contarão de você
Nas lendas que ouvirei?
Já não sei para quem
Escrevo minhas quiméras;
Mostre-me o insano
No absurdo esquecido;
Reveja tua crença provável;
Criamos com zelo;
Destruímos com ira;
Os filhos dos deuses
Serão nossos herdeiros;
Antecessoras de Homero,
Às tábuas hoje perdidas;
Danças ao fogo e vento,
Sem às primeiras razões;
6.4.10
O Arauto
Ofereça-me o que beber,
Em nome do que for;
Não há notícias de paz
Para os nossos filhos;
Posso improvisar sofismas;
Posso não voltar para casa;
Mas no que você acredita,
Mulher entre os faraós?
-À astúcia que mostra-me
Ignora devidas proporções-
Tenho feitos e tragédias
E sei como descrevê-las;
Irreversível, inevitável
O nosso coração pétreo;
Alguém observa o vilarejo
De homens despedaçados;
Um movimento temerário
Desprovido de confiança?
Diga para este mecenas
Não estender-me a mão;
Ainda posso esperar o vento
Capaz de levar este rumor;
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