"O esplendor da relva só pode mesmo ser percebida pelo poeta. Os outros pisam nela. Um mérito inegável da poesia: ela diz mais e em menor número de palavras que a prosa" Voltaire
26.2.10
A Catedral
Guarda ruas de pedra
Minha senhora Chartres,
A magnífica sombra
De dual sentimento;
Vitrais translúcidos,
Ilusórios mosaicos
E espíritos influídos;
A fé na escuridão;
Um semblante medievo,
Imponente, gótico,
Dourado régio portal,
Digno de reverência;
Tornei-me do rei à efígie,
Na prelazia enfraquecida,
Um olhar fidalgo entre
Carvalho, ecos e bronze;
Talvez cavaleiro, cruzado
Da ordem perdida em
Justas e belas cortesãs;
Mas tu ficaste no tempo,
Real, lendária, perpetua;
18.2.10
Uma Canção Perdida
Uma incorreção definida
Por palavra incomum,
Veio-me então criancice
Para o lugar do sábio
E esquecido traquejo;
O retrato sobre à mesa,
Um sorriso coberto de pó;
Noites de versos silentes
Sem àquela que é lira;
Vejo às pessoas pela rua;
Fim de tarde repetido,
Esperando o merecido choro;
Perdão por meia culpa?
Meu desejo e aflição;
Um gosto de fel que
Amarga junto ao orgulho;
O som da chuva calma,
Cadência de certas manhãs;
Sublime amor deste lado?
Vicissitudes da existência;
Novamente não me enganei,
Mas disse não me importar;
Ela já esteve desprotegida
Antes de haver um começo;
Assinar:
Postagens (Atom)