19.7.11





Do papel para a lápide

E lá estava o triste fim pertencente aos mortais;
Um homem que se fundia a Gaia naquele dia chuvoso;
Sobre este poucos eram os que lamentavam a ida;
Não quero deixar somente essas pequenas saudades;

De todas as formas tento manter-me vivo:

Nas palavras de um livro repleto de verdades,

Nas cenas de um filme para o brilho dos olhos,

Na melodia de uma canção que compus deprimido

E nos trejeitos dos meus filhos e naqueles que cativei;

Não gosto das coisas que falo quando estou sóbrio;
Acho que falta-lhes certa audácia nos sentimentos;

Todo homem esclarecido só deve ter medo da morte;
Ainda não pretendo começar a criar a frase do meu epitáfio;

Quanto à lei da compensação: A ambição exige uma renuncia;
Devo deixar-me beirar a loucura para estar entre os grandes;
Mas o fato é que nunca consegui perder o controle da situação;

Quem sabe o vento possa levar as minhas cinzas ou então:

“Não espero nada,

Não temo nada,

Sou livre;”