25.6.10



Música Ao Sol Nascente

Entre o céu e o abismo,
Está o nosso frágil lar;
Ponderação será plenitude?

Não leve por edênico
O jardim que lhe dei:
Lá, sempre haverá anjos
Desejando perder às asas;

Persuada-me com olhares;
Mostre-me algo à ser digno;

Ás vezes, pareço acreditar
Nessas minhas figurações;

E então, minha apoteose;
Estátuas cobertas de pátina?
Tens a quintessência como
Parte desse meu devaneio;

Lembro quando o “pra sempre”
Tornou-se pouco confiável;

Tenho canções ao arrebol
E alguns livros na estante
Para poder brincar de Deus;