"O esplendor da relva só pode mesmo ser percebida pelo poeta. Os outros pisam nela. Um mérito inegável da poesia: ela diz mais e em menor número de palavras que a prosa" Voltaire
12.11.09
Por Trás Do Silêncio
Austero será o caminho;
E eu posso apenas tentar:
Os que falam ao mundo
Sem dizer uma palavra;
Alguns fazem o mal,
Outros deixam acontecer;
Mas a vida tem pressa
Nas ruas de incertezas;
Então você se arrepende;
Mas o que foi dito?
Vejo claras as escolhas
Num quê de transcendência;
Confesso a hipocrisia justa,
Por tanto amor e egoísmo;
E os sentimentos tristes que
Apenas olham a vida de longe;
Por meu pequeno sentido,
Deixe-me então protegê-la;
Quem antes enlouqueceu,
Buscava minhas respostas;
Aos teus olhos,
Minhas verdades não valem cifras
- Sopros de anjo qualquer
Quando por elas permaneço -
As Cinzas Da Fênix
E hoje meu olhar
Faz-se horizonte,
Lonjuras medidas
Em tempo e confins;
Sinto a velha cicatriz
Dos que habitam com
Alma fenecida, ímpeto
De um instinto terreno;
E o ciclo não encerra;
Quanta vida existirá?
Tamanha gana ferina,
Cativa dentro da alma;
Os antigos se vão,
Sem ver-me renascer;
Depois do fulgor não
Tenho mirra nem sálvia;
Um orgulhoso sangrar
Como última força;
Quando ainda pequeno
Deixei a morte em xeque;
11.11.09
Nossos Dias
Nas coisas que enfraquecem
Num tempo imensurável,
Somos nossos próprios traidores
Castigados por boas lembranças;
E quantas mentiras foram juradas,
Em utópicos pra sempre?
Palavras de um veneno amargo
Sendo provado sem pena;
E quantas desculpas foram
Caladas - Por simples orgulho?
É difícil abrir os olhos
Sempre que um sonho anda perto;
Furtiva lágrima prenunciando
Pesares em vã esperança,
Tentando fazer do destino,
Apenas um imenso acaso;
Me disseste que somos iguais
E que nos mataríamos no fim;
Mas um dia falei de amor,
E meus olhos eram sinceros;
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