"O esplendor da relva só pode mesmo ser percebida pelo poeta. Os outros pisam nela. Um mérito inegável da poesia: ela diz mais e em menor número de palavras que a prosa" Voltaire
27.9.10
Quase Pecado
Ah! Esse nosso
Cinismo desleixado:
Um tom de escárnio
E outro de enfado;
Lagrimas verdadeiras
Para o choro falso;
Às pessoas passam:
Os dogmas acabam;
Será esta ânsia vã?
Meus bons momentos
Levam o teu jeito;
Bobagens escritas,
Nas linhas do teto;
Sagazes e libertinos,
Dia e noite revezan-se
Através das frestas;
Somos meros anjos,
Ociosos e decadentes;
Ah! Essa nossa
Excentricidade sã:
Um tom de indiferença
E outro de soberba;
1.9.10
Cinema Mudo
É assim que os domingos
Deixam de se arrastar;
Falam-me de artifícios
Nas imagens que vejo;
Quem entende o feitiço,
No mistério que chega?
Ao lado da novidade,
É quase uma emulação;
Uma pequena cidade,
Pra ser alma e grandeza;
Outra época qualquer,
Ainda em preto e branco,
Vemos girarem às fotos,
Para os segundos eternos;
Protagonistas perdidos
Entre às cenas mudas;
Não somos bons atores;
Meu olhar precisa salvar
O que não foi ensaiado;
Quando sou um senhor,
Com chapéu e bengala,
Meio velho desconfiado
Sem o deslumbre pueril;
Vieram novos cartazes
E alguns dos teus sorrisos;
É assim que de súbito:
Impulsiona-se a vida
E inspiram-se cidadezinhas,
No coração dos poetas;
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