
Do papel para a lápide
E lá estava o triste fim pertencente aos mortais;
Um homem que se fundia a Gaia naquele dia chuvoso;
Sobre este poucos eram os que lamentavam a ida;
Não quero deixar somente essas pequenas saudades;
De todas as formas tento manter-me vivo:
Nas palavras de um livro repleto de verdades,
Nas cenas de um filme para o brilho dos olhos,
Na melodia de uma canção que compus deprimido
E nos trejeitos dos meus filhos e naqueles que cativei;
Não gosto das coisas que falo quando estou sóbrio;
Acho que falta-lhes certa audácia nos sentimentos;
Todo homem esclarecido só deve ter medo da morte;
Ainda não pretendo começar a criar a frase do meu epitáfio;
Quanto à lei da compensação: A ambição exige uma renuncia;
Devo deixar-me beirar a loucura para estar entre os grandes;
Mas o fato é que nunca consegui perder o controle da situação;
Quem sabe o vento possa levar as minhas cinzas ou então:
“Não espero nada,
Não temo nada,
Sou livre;”