A Catedral
Guarda ruas de pedra
Minha senhora Chartres,
A magnífica sombra
De dual sentimento;
Vitrais translúcidos,
Ilusórios mosaicos
E espíritos influídos;
A fé na escuridão;
Um semblante medievo,
Imponente, gótico,
Dourado régio portal,
Digno de reverência;
Tornei-me do rei à efígie,
Na prelazia enfraquecida,
Um olhar fidalgo entre
Carvalho, ecos e bronze;
Talvez cavaleiro, cruzado
Da ordem perdida em
Justas e belas cortesãs;
Mas tu ficaste no tempo,
Real, lendária, perpetua;