26.2.10



A Catedral

Guarda ruas de pedra
Minha senhora Chartres,
A magnífica sombra
De dual sentimento;

Vitrais translúcidos,
Ilusórios mosaicos
E espíritos influídos;
A fé na escuridão;

Um semblante medievo,
Imponente, gótico,
Dourado régio portal,
Digno de reverência;

Tornei-me do rei à efígie,
Na prelazia enfraquecida,
Um olhar fidalgo entre
Carvalho, ecos e bronze;

Talvez cavaleiro, cruzado
Da ordem perdida em
Justas e belas cortesãs;

Mas tu ficaste no tempo,
Real, lendária, perpetua;

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