24.11.13


A ultima morena dos meus dias nublados

Eu caminhei pelas ruínas do mundo,
Procurando a ultima morena dos meus dias nublados;
Lá, o som transformava-se em imagens;
Eram claves, eram corvos, eram ninfas,
Era o lírico e o libreto de uma opera obscura;

Diziam que ela andava sobre a neve,
Diziam que ela tinha a pele como a neve;
Talvez, o branco, a sombra, o contraste,
Outras cores ainda vibravam nas ruas,
Mas havia algum mistério no charme de dizer,
Morena;

Eu caminhei pelas terras cobertas de gelo,
Procurando a ultima morena dos meus dias nublados;
Lá, o frio tinha o efeito contrario;
Eram paixões, eram pecados, eram desejos,
Era o All star e a franja que caia sobre o olho direito;

Diziam que tornava-se noite, tudo o que ela tocava,
Diziam que ela tinha um quê de anjo caído;
Quem sabe, era um sonho, um delírio, a quintessência;
Outras cores ainda vibravam nas ruas,
Mas era como o mais prazeroso dos vícios dizer,

Morena;

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