13.11.10



Andarilho

Não sei do meu tempo;
Conheço apenas horizontes,
Infinitos e inalcançáveis;

Intrínseca é essa gana,
De algumas léguas de mundo
E toda a poeira nas botas
É só o efeito dos rastros;

Pois o que carrego na mochila
É o caminho de volta pra casa;

Quem sabe a retórica do vento,
Para os tantos vagões europeus;

Onde olhares são metódicos,
Porem os beijos incoerentes;

Bebi cerveja com bárbaros,
Nas estradas rumo ao norte;
Fiz discursos aos lordes,
Com um quê de enólogo;

Sobre a sina dos viajantes?
Sentir e deixar saudades;
Aprender a guardar pra si,
Os seus silêncios de espera;

Vejo o nascer e o por do sol,
Sempre na mesma direção;

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