
Andarilho
Não sei do meu tempo;
Conheço apenas horizontes,
Infinitos e inalcançáveis;
Intrínseca é essa gana,
De algumas léguas de mundo
E toda a poeira nas botas
É só o efeito dos rastros;
Pois o que carrego na mochila
É o caminho de volta pra casa;
Quem sabe a retórica do vento,
Para os tantos vagões europeus;
Onde olhares são metódicos,
Porem os beijos incoerentes;
Bebi cerveja com bárbaros,
Nas estradas rumo ao norte;
Fiz discursos aos lordes,
Com um quê de enólogo;
Sobre a sina dos viajantes?
Sentir e deixar saudades;
Aprender a guardar pra si,
Os seus silêncios de espera;
Vejo o nascer e o por do sol,
Sempre na mesma direção;
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