29.10.09




Espelhos

A cegueira judicante morre sentada:
Enquanto a sentença ignora a verdade
Teu olhar não mais que leviano,
Reflete os meus passos distintos;

Então, quem porta um sonho,
Ainda tem o meu braço;
São as leis da minha casa,
E tavez o que restará;

Mas os insetos vivem
- pequenos infantes -
Conquistam a liberdade e não sabem
O que dela fazer;

E nesta visão tão ateísta
Compreendem o hedonismo?
Não perderam a fé num deus qualquer;

É quem espera o perdão não merecido:
O rebanho no largo corredor;

Qual a sombra do único medo,
Tornando-me o que odeio;
Pesadelo enquanto há escolha:

Ainda não somos mais do que
Nossas meras palavras;

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