"O esplendor da relva só pode mesmo ser percebida pelo poeta. Os outros pisam nela. Um mérito inegável da poesia: ela diz mais e em menor número de palavras que a prosa" Voltaire
28.10.09
Ruínas
E no fim da estrada apenas
Solidão,
A ambiciosa sina cobrando
Seu preço;
O abismo a um passo
E as vozes lá em baixo
Desejando o meu salto;
Como encontrar o caminho,
Se as migalhas são pegadas
Na areia?
Sinto o início distante,
E a coragem,
Há muito me abandonara;
Preciso cruzar as ruínas
Do mundo,
Mas o começo está disfarçado;
Frente aos fantasmas,
Voltar ao passado
É seguir na direção do fim,
Quando uma escolha torna-se
Seu algoz;
Forço o sorriso a esconder
O furor,
No suplício de pedir aos anjos
Que me empurrem,
Por alguém amenizo a culpa
E apenas sinto o vento;
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