28.10.09




Ruínas

E no fim da estrada apenas
Solidão,
A ambiciosa sina cobrando
Seu preço;

O abismo a um passo
E as vozes lá em baixo
Desejando o meu salto;

Como encontrar o caminho,
Se as migalhas são pegadas
Na areia?

Sinto o início distante,
E a coragem,
Há muito me abandonara;

Preciso cruzar as ruínas
Do mundo,
Mas o começo está disfarçado;

Frente aos fantasmas,
Voltar ao passado
É seguir na direção do fim,

Quando uma escolha torna-se
Seu algoz;

Forço o sorriso a esconder
O furor,

No suplício de pedir aos anjos
Que me empurrem,

Por alguém amenizo a culpa
E apenas sinto o vento;

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